quinta-feira, 14 de agosto de 2008

A China está sorrindo! Essa matéria do Terra me chamou a atenção!

Atleta chinês sorri e muda a história dos Jogos

Disponível em:
http://esportes.terra.com.br/pequim2008/interna/0,,OI3092672-EI10378,00.html
Acesso em: 14 de agosto de 2008 - 20h05min

Antonio Prada - Direto de Pequim - Terra Esportes



Há algo no ar em Pequim. E não é a névoa densa de umidade que envolve a cidade ou a poluição que gera tanta discussão. O atleta chinês sorri. Antes, durante e depois das competições. E isso é uma novidade na geopolítica do esporte. Sisudos, calados e apenas disciplinados em um passado recente, os chineses mudaram. E como. Eles se permitem sorrir no principal palco esportivo do mundo.

Cena 1: Relaxada, Liu Zige abre o sorriso antes da prova final dos 200 metros borboleta, nesta quinta-feira. Assim como sua conterrânea Jiao Liuyang. Ao final Liu Zige, ainda na água, mira os olhos no placar eletrônico e ao perceber que não só venceu a prova, mas alcançou o novo recorde mundial, sorri. Mais: se emociona.

Cena 2: Na final histórica por equipes da ginástica feminina, na quarta-feira, a equipe chinesa escancara alegria antes da prova começar. Enquanto o revezamento de aparelhos avançava, o sorriso não se perdia, apesar da pressão. Em compensação, as atletas norte-americanas, que dominaram a categoria nos últimos anos, não escondiam o nervosismo, também pressionadas. Tremeram e perderam, como Alicia Sacramone. As chinesas sorriram, como Cheng Fei, e ganharam um ouro inédito por equipes na ginástica feminina.

O momento de felicidade poderia ser apenas o fato de o país sediar o maior evento esportivo do mundo. Mas é muito mais do que isso. A China tem a segurança de que será a maior potência do mundo esportivo. O punhado de ouros olímpicos conseguido nestes primeiros seis dias de competição (veja o quadro de medalhas), com medalhas na ginástica, saltos ornamentais, levantamento de peso e tiro, ainda não define a virada histórica, mas aponta o caminho.

Na Grécia, onde os Estados Unidos mantiveram seu domínio com 103 medalhas, sendo 35 de ouro, os chineses deixaram uma mensagem com seu segundo lugar, 63 medalhas (32 de ouro). Apenas três de diferença, já que o que vale no ranking são as de ouro. Mesmo faltando ainda as competições de atletismo, que começam nesta sexta-feira, e o restante da natação, nas quais os EUA sempre mantiveram a hegemonia, o mundo esportivo já prevê uma nova fotografia do esporte mundial após o dia 24 de agosto.

Os dirigentes chineses, nos jornais oficiais como Diário do Povo ou China Daily, já celebram, com modéstia e prudência diplomática, o "redirecionamento das medalhas olímpicas". Não falam em China, especificamente, mas da força asiática. E dão o veredicto. "A antiga disparidade de nível esportivo está diminuindo graças a fatores históricos e econômicos". E finalizam. "Esportes podem ser apenas esportes - apenas um aspecto de tantos na sociedade -, mas essa mudança reflete o estágio de crescimento do mundo atual".

Por trás da confraternização mundial dos Jogos, a China faz política, os atletas chineses não jogam mais apenas tênis de mesa, e a tenista Na Li detona a rival Venus Williams. A chinesa, claro, sorri. A norte-americana fecha a cara. Os Jogos Olímpicos nunca mais serão os mesmos.

Um comentário:

disse...

Olá, Hirata! Passei por aqui para conhecer seu blog. Já aproveitei e linkei no meu! Bem-vindo ao mundo dos blogs! Bjs!